A demanda por reforma da legislação do trabalho sempre volta à cena, a partir da constatação de que a Consolidação das Leis do Trabalho estaria desatualizada, porque foi promulgada nos anos 40 e os avanços tecnológicos já estariam a exigir novas regras, para novas formas de trabalho do homem.
Em 2017, o Congresso Nacional apressadamente aprovou a Lei nº 13.467, chamada de reforma trabalhista, que não passou por debate aprofundado e amplo. Em razão das peculiaridades do momento histórico, as Casas Legislativas endossaram o texto proposto pela Presidência da República. Desde sua promulgação, a reforma sofre criticas de várias origens e por diferentes motivos. Ninguém nega, entretanto, que um de seus defeitos mais óbvios tenha sido a carência de efetivo e adensado debate sobre as normas que estariam em modificação.
No processo sucessório da presidência da Republica, em 2022, o tema foi pautado em campanha e o empossado presidente já sinalizou a constituição de grupos de trabalho com vistas à revisão da reforma trabalhista.
Este oitavo evento da série De que reforma trabalhista precisamos?, iniciada em 2022 pelo Grupo de Pesquisas Trabalho e Desenvolvimento da FGV Direito SP, procura levantar ideias concretas de reforma das leis que regulam as relações do trabalho no Brasil, nos aspectos de Direito material, Direito processual e Direito coletivo, para amplificar, adensar e aprimorar o debate, na procura de saídas que estruturem melhor essa que é a relação contratual mais presente no ambiente capitalista de ordenação do trabalho. O propósito da série é reunir diferentes expositores envolvidos com o mundo do trabalho, no debate sobre as regras que necessitam revisão e obter suas propostas concretas para as urgentes modificações.
ASSISTA
Palestrantes:
Wellington Messias Damasceno, diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Cleide Tameirão, motorista de ônibus, diretora executiva no Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC, diretora no Conselho Diretivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e coordenadora da CUT ABC. Atuou como ativista dos direitos das mulheres, fundando o coletivo de mulheres rodoviárias do Grande ABC em 2006, coordenadora do coletivo de mulheres da CUT-ABC de 2006 a 2013, presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Santo André (gestão 2016-2018) e promotora legal popular desde 2010
Edilene Arjoni Moda, presidente do Sindicato dos Professores de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul (Sinpro ABC), bióloga especialista em herpetologia e professora de Biologia do ensino médio e pré vestibular
Debatedor:
Danilo Uler Corregliano, professor do FGV LAW