O Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da FGV Direito SP reuniu, no dia 2 de maio, professores, pesquisadores e parceiros para comemorar seus cinco anos de existência.
Criado em 2018, o CEPI resulta de uma experiência de 10 anos em ensino e pesquisa na FGV Direito SP. Ele surgiu a partir da fusão do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação (GEPI), braço da escola dedicado ao debate sobre a relação entre o Direito e novas tecnologias, com o Núcleo de Metodologia de Ensino (NME), braço dedicado à formação docente, metodologia de ensino e ao desenvolvimento de estratégias de ensino para habilitar os alunos às exigências profissionais do Século XXI.
Alexandre Pacheco da Silva, coordenador do CEPI, relembrou como a direção da Escola propôs o desafio de avançar sobre a pauta, antes da criação do centro: “Nosso diretor, Oscar Vilhena, e nossa vice-diretora, Adriana Ancona, já anteviam a importância da pauta da tecnologia para a formação jurídica e para novas questões sociais. Eles pediram que a gente unisse forças para pesquisar temas que vieram a se tornar importantes nesses últimos cinco anos.”
Entre os objetivos do CEPI estão a expansão da inserção de debates sobre o Direito e novas tecnologias nos currículos de cursos jurídicos de graduação e pós-graduação no Brasil, a intensificação dos impactos gerados pela pesquisa no campo de estudos do ensino do Direito e sua intersecção com os avanços tecnológicos e a qualificação de debates públicos, decisões judiciais, leis e regulamentos sobre questões relacionadas à agenda do Direito e novas tecnologias.
A coordenadora do CEPI, Marina Feferbaum, reforçou a importância do dinamismo e da criatividade dos pesquisadores no tema: “Um clipe de papel já teve muita utilidade, mas hoje parece servir mais para abrir gavetinha de chipe de celular. O que vai acontecer quando vier o E-SIM? O clipe ficará simplesmente obsoleto ou terá novos usos? A tecnologia é dinâmica e muda a todo momento.” A professora ressaltou que os objetivos só podem ser atingidos se todos trabalharem juntos, e lembrou os mais de 20 pesquisadores que estão ou já passaram pelo centro.
Ao longo dos últimos cinco anos, o CEPI se dedicou à produção de pesquisas nas linhas de Direito, Tecnologia e Sociedade; Ensino e Inovação; e Futuro das Profissões Jurídicas. Os resultados desse esforço puderam ser vistos no evento, que apresentou um painel com as diferentes pesquisas realizadas pelo centro. Ana Paula Camelo, líder de projetos, ressaltou a importância dos parceiros para os ciclos de projetos: “Nenhuma dessas pesquisas seria possível sem esse apoio de parceiros comprometidos com os projetos e com a liberdade acadêmica necessária para chegarmos a resultados com critério e consistência metodológica.” Ao todo, mais de 40 organizações foram lembradas na apresentação.
São temas de estudo do CEPI a Inteligência Artificial, privacidade e proteção de dados, ensino de Direitos Humanos, ensino pós-pandemia, métodos de ensino em Direito, moderação de conteúdo, soberania digital, criptografia, plataformas digitais, gig economy, advocacia do presente e do futuro, liderança e inovação no Direito, entre muitos outros.
Saiba mais sobre o CEPI e conheça os projetos de pesquisa já realizados e em andamento.