Núcleo Gênero e Direito

Redes sociais como ferramenta de campanha eleitoral: instrumento de inclusão de grupos minorizados ou reforço das desigualdades socioeconômicas?

Ano de criação
2022
Encerrada

As regras informais do jogo político - as preferências, racionalidades e decisões que estão fora do alcance da legislação - impactam o processo eleitoral em termos das desigualdades de gênero e raça. Recursos tradicionais de campanha como recursos financeiros e tempo de TV/rádio são distribuídos de forma desigual entre as candidatas e candidatos em função dos acordos e arranjos informais que existem dentro dos partidos políticos. Em geral, estes recursos são concentrados em alguns poucos candidatos, geralmente incumbentes. Grupos minorizados, em particular as mulheres negras, estão entre os mais subfinanciados em uma disputa eleitoral.

Neste contexto, as redes sociais – que são um recurso relativamente novo e cujo acesso não precisa necessariamente passar pelo crivo do partido político – poderiam ser um meio de contornar a ausência ou os poucos recursos tradicionais que algumas candidaturas recebem, visto que são ferramentas a princípio gratuitas e que têm adquirido enorme relevância em campanhas eleitorais.

Para compreender a dinâmica do uso das redes sociais em disputas eleitorais, iremos monitorar páginas do Facebook e do Instagram de uma amostra de candidatas e candidatos que disputarão as eleições de 2022. Partindo do pressuposto de que é preciso aumentar a representação de mulheres na política, do ponto de vista interseccional, a análise das campanhas em redes sociais visa a

entender se estas ferramentas são mais um obstáculo à sua entrada na política ou se elas contribuem para contornar a ausência ou escassez de recursos tradicionais de campanha e torná-las mais competitivas na disputa eleitoral. Para alcançar esse objetivo, buscaremos compreender como diferentes grupos de candidaturas - considerando gênero, raça, identidade de gênero, receita de campanha, perfil socioeconômico e regional - utilizam as redes como uma ferramenta de campanha e se esse uso é capaz de minimizar as disparidades existentes no jogo político-eleitoral.

 

Equipe

Coordenação:

Catarina Helena Cortada Barbieri (FGV Direito SP)

Luciana de Oliveira Ramos (FGV Direito SP)

Pesquisadoras:

Andressa Vieira e Silva

Bárbara Rebeca Alves Magarian

Chiara Passoni

Dirceu André Gerardi

Ivan Osmo Mardegan

Juliana Fabbron Marin Marin

 

Parcerias

Parceria:

Fundação Konrad Adenauer

Produtos de Pesquisa

  • Relatórios

    O uso do Facebook como ferramenta de campanha eleitoral: estudo a partir do gênero, raça e perfil socioeconômico das candidaturas à Câmara Federal por São Paulo nas eleições de 2022

    Autor(es): Luciana de Oliveira Ramos , Catarina Helena Cortado Barbieri , Andressa Vieira e Silva , Bárbara Rebeca Alves Magarian , Chiara Passoni , Dirceu André Gerardi , Ivan Osmo Mardegan , Juliana Fabbron Marin Marin